Vimos nas aulas anteriores, os principais processos envolvendo a erosão pluvial e os movimentos de massa. Tais eventos podem ser considerados muito importantes no Brasil dada a quantidade de chuvas e alta temperatura (o que favorece o intemperismo químico e a erosão propriamente dita). Foram vistos também os diversos processos e registros da erosão do solo. É necessário, deste modo, compreender também os métodos de monitoramento e controle destes processos.
Os principais fatores para se ter erosões são:
· A chuva provoca aceleração maior ou menor da erosão, dependendo da forma como cai: sua distribuição mais ou menos regular, no tempo e no espaço, e sua intensidade;
· A cobertura vegetal, natural ou determinada pelo tipo de cultura agrícola, propicia uma certa proteção aos terrenos;
· A topografia também é um fator natural que determina a velocidade dos processos erosivos;
· Tipos de solo – sua estrutura geológica;
· O quadro humano (interferência e uso do solo)
Para combater a tudo isso, é preciso:
è Conhecimento Regional (geotécnico)
· Histórico
· Eventos próximos
· Contexto natural
· Dados Hidrológicos
è Conhecimento técnico (geotécnico)
· Tipo de erosão
· Nível de erosão
· Projeção de progresso (previsão)
è Ações Preliminares
· Reconhecimento
· Mapeamento
· Modelagem
· Planos de Ação
è Ações de Recuperação (Engenharia Ambiental):
O controle dos processos erosivos lineares de médio a grande porte, sejam eles ravinas ou voçorocas, envolve obras de alto custo e complexas drenagens superficiais e subsuperficiais, além de obras de estabilização dos taludes.
· Reflorestamento: Visa recobrir a área com vegetação aumentando a proteção do solo (e evitando processos erosivos como o “splash”)
· Adubação e Recuperação: principalmente para repor nutrientes e corrigir a “lavagem do solo” por erosão laminar (ações secundárias como a escolha de cultura, disposição das unidades, proteção e rotatividade também são importantes na conservação do solo para fins agrícolas)
· Obras de estabilização de vertentes
· Construção de terraços: os terraços são sulcos ou valas construídas transversalmente à direção do maior declive, sendo construídos basicamente para controlar e aumentar a umidade do solo. Os objetivos dos terraços são: Diminuir a velocidade e o volume da enxurrada; Diminuir as perdas de solo, sementes e adubos; Aumentar o conteúdo de umidade no solo, uma vez que há maior infiltração de água; Reduzir o pico de descarga dos cursos d’água.
· Corte fluvial e hidrológico: Visa alterar as condições de fluxo e acúmulo de água (como lençóis freáticos)
· Controle da ocupação humana
· Ações de emergência – em caso de ocupações de áreas de alto risco de erosão rápida (principalmente movimento gravitacional de massa).